Concordei no ato.
A cidade já é diferente no nome. Com uma história um tanto triste e precária, de um desenvolvimento marcado pela falta de planejamento, sua dissonância é um grito em contraste com a beleza descomunal da universidade que abriga.
Quem já viu o caos do trânsito indiano sente-se um pouquinho em Nova Déli ao transitar por Seropédica. Incrível como vans, carros, ônibus, caminhões, motos, bicicletas, pedestres, animais e ambulantes bailam num fluxo desordenado sem que haja acidentes por aqui. Chegaria a ser um espetáculo digno de ser assistido de uma das duas passarelas que limitam o centro da cidade... caso elas servissem de passagem, e não apenas de ponto de referência. E nesse sentido as crateras nas ruas - marcas registradas da cidade - fazem um bem a todos: obrigam à baixa velocidade, feito batuta na mão do maestro, coordenando o tráfego.
Lembro-me da ocasião em que vim aqui pela primeira vez, prestar o concurso para a UFRRJ. Sem outra opção mais rápida naquele momento, peguei uma moto-táxi para chegar à universidade. Ao abordar o moto-taxista, vi-o se posicionar na moto, colocando seu capacete, e aguardei em pé, mãos a postos, esperando que me entregasse outro. Foi quando olhou pra mim, como quem pergunta o que eu fazia ali parada, ao que eu disse: "E o meu capacete, moço?"
_ Tem não, dona!
Mas... pra não dizer que não falei das flores, Seropédica tem algo que fascina: o carisma de sua gente. Mesmo quem não é da cidade parece contaminar-se com a simpatia que emana desse lugar. Venho de uma cidade conhecida por ser hospitaleira, mas nada se compara ao que vivencio por aqui. É como se a cidade inteira abraçasse quem chega, num gostoso e aconchegante "Bem-vindo, você é importante neste lugar!" Como não se encantar?
Tem sido mesmo uma experiência singular e deliciosa. Sinto-me acolhida e feliz.
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Sexta-feira à noite aconteceu o "Xurras de Letras", um evento de confraternização e recepção dos calouros de Letras e de Comunicação Social (adotados por Letras por serem a primeira turma do curso na universidade). Eu estava lá, claro! O cuidado e a preocupação que todos os alunos mostraram em querer saber se eu estava gostando da festa, e a preocupação com que eu me enturmasse e me divertisse com eles é algo que não tem preço e só reforça tudo o que eu falei: o carisma desse lugar é contagiante.
A-do-rei a festa, meninos e meninas! Vocês são show!
Saudações mikaelísticas.
Tania Mikaela Garcia.
3 comentários:
Hahaha, o trânsito de Seropédica é realmente um caos, mas ao mesmo tempo parece totalmente organizado.
"(...)duas passarelas que limitam o centro da cidade... caso elas servissem de passagem, e não apenas de ponto de referência." haha, verdade.
E o churrasco foi ótimo, vc foi ótima! Obrigado por comparecer. Bjão!
E não é? O barato é a placa na entrada da cidade: "Bem-vindo a Seropédica, mas não corra!" KKKKK.
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