quarta-feira, 5 de maio de 2010

Lei e Ordem: Estupro como arma de guerra

Ontem, ao assistir a um episódio inédito (no Brasil, claro!) de Law & Order: SVU, que trata de vítimas de estupros, tive, pela primeira vez, o estômago revolvido diante do que vi. Era pra ser um programa de fim de noite, pra eu relaxar de um duro dia cheio de reuniões, e qual não foi minha surpresa ao me pegar em prantos, indignada com tamanha atrocidade.
(É ficção, Mikaela, vai dormir!)
Acontece que não era ficção.
O episódio abordou de forma muito sensível (e paradoxalmente dura), a problemática que se estende por anos no Congo, país destroçado por práticas abomináveis de estupro coletivo, principal arma de guerra naquele lugar.
Buscando na internet notícias a respeito, encontrei muita coisa. Informações antigas e recentes sobre o modo desumano com que pessoas, especialmente mulheres, são tratadas por rebeldes vindos de Ruanda, por policiais, soldados do exército congolês e civis.
No Congo, estupros coletivos são epidemias, pústulas abertas para as quais parece que o mundo não está disposto sequer a olhar.
O terrorismo sexual vivenciado por aquelas pessoas é de uma violência tão grande, que nem consigo entrar em detalhes aqui, por isso sugiro apenas alguns links, que relatam de modo mais preciso o assunto que trago aqui hoje.

http://www.africa21digital.com/noticia.kmf?cod=9825147&indice=0&canal=404

http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI3908162-EI294,00.html

http://feraaa0001.blogspot.com/2010/02/congo-o-estupro-e-mais-poderosa-arma-de.html

http://opiniaoenoticia.com.br/internacional/estupro-vira-epidemia-na-guerra-do-congo/


Se a máquina televisiva se utiliza dessas dolorosas temáticas para envolver seu público, que ao menos não nos posicionemos ingenuamente no conforto do entretenimento, mas que possamos aproveitar as feridas expostas e limpá-las, com propósito de cura.
Como bem li num dos tantos sites pelos quais vaguei hoje cedo à procura de informações, que não sejam necessários mais terremotos como os do Haiti para lembrarmos da desgraça que assola determinados lugares do mundo, sem que nada façamos.


Saudações taniares
(meu primeiro nome parece menos saltitante que o segundo,
mostrando-se propício para a ocasião).

Tania Mikaela Garcia.

3 comentários:

Platão (o grego, não o chinês) disse...

Salvé Mikaela
É bom que ainda haja quem se indigne com estes factos hediondos, pois a indiferença dos povos, pela distância dos acontecimentos é o mote, em geral.
Em ambientes de guerra ou guerrilha, como é o caso desses países africanos, as mulheres são o "prémio do soldado" infelizmente. Aconteceu nas guerras mundiais, nas balcãs e que não se pense que não se passa no Iraque e no Afganistão, também. As tropas dominantes pela força, quase nunca cumprem tratados de respeitos dos direitos humanos. É ali que o homem demonstra a sua bestialidade, contida no seio social, carregando a sua fúria sobre seres indefesos e impondo-lhes uma prática sexual animalesca. Ao visualizarmos tais imagens ou relatos quedamo-nos a perguntar como é possível haver tanto desenvolvimento social e científico e ao mesmo tempo tanto primitivismo no homem. Que me perdoem os animais, tão puros que são nos seus instintos.
Não temos outra forma de combater isto do que indignarmo-nos e denunciar ao mundo tais ignomias.
Bem hajas pela tua preocupação por esta raça humana em decadência.
Platão (não chinês)

Tania Mikaela Garcia Roberto disse...

É,Platão... pode parecer ingênua tanta indignação minha com algo que ocorre há tanto tempo, mas talvez justamente por ser prática constante e AINDA ser prática constante, levou-me a um desabafo público. A indignação vem de sempre, sua manifestação foi que teve início agora.

Anônimo disse...

boa tarde...

eu tb vi este episodio de Lei e Ordem SVU...é indignante...é repulsivo a maneira com que as mulheres sao humilhadas, seviciadas...e condenadas. De fato, a violencia nao está muito longe de nós, na casa vizinha, a colega de serviço...sofrem agressoes e aguentam caladas por vergonha e medo.....o estupro é uma arma que silencia e mata lentamente.

cris