Homofobia

Dias atrás li uma notícia que me deixou indignada. Um cantor gospel ou, como se costuma dizer no meio evangélico, um "ministro de louvor" (título de autoridade que a Igreja dá às pessoas que cantam músicas voltadas a adoração e que penso não caber a todos os que cantam ou dizem cantar para Deus ou em nome d'Ele), fez uma música (um hino, como se diz, ou um "louvor") cuja letra ridiculariza a homossexualidade. Até aí nenhuma novidade, já que a religião em questão é contundente em reprová-la e tem argumentos plausíveis para isso. Tudo bem! País de livre expressão em que vivemos, há espaço para todo tipo de opinião, graças a Deus!
Agora, como diz sabiamente o ditado popular: "Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa". O que me deixou irada foi o fato de esse mesmo sujeito disseminar no Youtube um vídeo cujas imagens utilizadas ridicularizavam uma pessoa em especial - no caso, um pastor gay -, de modo que ficava explícito que a música criada era para atingi-lo, criticá-lo, agredi-lo, enfim.
Então, deixa eu ver se eu entendi! Cantar e ouvir 'música do mundo' não pode... mas se aproveitar da posição de 'instrumento de Deus' pra fazer da música gospel arma de preconceito, agressão e julgamento... pode?"

Está tudo virado do avesso, mesmo!
Será que existem "hinos de louvor" (tsc) pra criticar e humilhar pastores corruptos que arrancam casas e alianças de seus fiéis? 
Sou capaz de apostar que não!

Enfim, neste dia - 17 de maio -, que é o Dia Internacional contra a Homofobia, achei pertinente tocar nesse delicado assunto. Não gosto muito de dias e movimentos "contra". Agrada-me mais da ideia do "a favor de", mas em se tratando de preconceito - seja ele qual for - sou contra, mesmo! Imagino que Deus também não esteja feliz de ser "usado" para esse tipo de fim.

Saudações e uma ótima semana.

=)

Tania Mikaela Garcia.

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