Ai, se sêsse!
Se um dia nóis se gostasse
Se um dia nóis se queresse
Se nóis dois se empareasse
Se juntim nóis dois vivesse
Se juntim nóis dois morasse
Se juntim nóis dois drumisse
Se juntim nóis dois morresse
Se pro céu nóis assubisse
Mas porém se acontecesse
de São Pedro não abrisse
A porta do céu e fosse
lhe dizer quarquer tolice
E se eu me arriminasse
E tu cum eu insistisse
pra que eu me arresorvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Távez que nóis dois ficasse
Távez que nóis dois caísse
E o céu furado arriasse
E as virgi toda fugisse
Texto: Zé da Luz, Severino de Andrade Silva, nasceu em Itabaiana, PB, em 29/03/1904 e faleceu no Rio de Janeiro-RJ, em 12/02/1965. O trabalho de Zé da Luz, como era chamado, ficou conhecido pela linguagem matuta presente em seus cordéis.
Confira o vídeo do cordel do Fogo Encantado:
http://br.youtube.com/watch?v=RJQC1w0yRbk
Tania Mikaela Garcia
2 comentários:
Olá!!! Meu nome é Kátia, sou recém-formada em Letras. Amei o teu blog! Simplesmente maravilhoso!!! Mais maravilhosa ainda é tua trajetória profissional. Estou escrevendo para parabenizá-la, já que eu, embora recém-formada, temo em me desanimar com as mazelas da profissão e com minha timidez, ao invés de me aventurar num campo tão facinante.
Mas sempre volto a minha área! E são coisas como este blog que me incentivam a continuar!!!
Beijos!
Oi Mikaela!
Vim visitar seu blog e me encantei com as leituras. Claro que já salvei nos meus favoritos!
Beijos!
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